Borges e a Matemática
de Guillermo Martínez
O seu desafio é falar para aqueles “que só sabem contar até dez” mas leva-nos numa viagem plena de emoções sem perder a profundidade, através dos diálogos secretos entre o grande escritor Argentino e personagens da dimensão de Pascal, Russell e Poe.
Este belo livro em boa hora editado pela Âmbar leva-nos a Euclides, ou a estética da razão matemática, à inacreditável vida dos gémeos “pitagóricos”(como eles conseguem “ver” os números, parece que só os primos, mas não têm a noção do produto e da divisão), ás peripécias do Teorema de Fermat e à sua demonstração, à relação entre literatura e racionalidade, as contradições entre a religião e a ciência.
A relação de Borges e a matemática.
O que sabia Borges de matemática?
O que ele diz: «Cinco, sete anos de aprendizagem metafísica, teológica, matemática habilitar-me-iam (talvez) a planear decorosamente uma história do infinito.»
A frase é no mínimo enigmática, não sabemos ao certo se levou estes anos a estudar ou se era um plano para o futuro. O que realmente nos transparece na sua obra é um fio condutor da lógica matemática e a ficção borgesiana, um rasto que se dá conta em textos fundamentais como “O Aleph”, “A Morte e a Bússola” e a “Biblioteca de Babel”, o “Livro de Areia”.
( Já referido em Leitura Partilhada)
Um livro bastante interessante que recomendo vivamente.
Etiquetas: Jorge Luís Borges, Literatura, Matemática
2 Comments:
A.G.M
Lancei para meus alunos um desafio. Se quiser ver, apareça. Te descobri procurando quem tinha usado nas postagens a palavra matemática.
Peço para você não propor solução nenhuma nem dar pistas. Se quiser comentar tudo bem mas por favor sem nenhuma ajuda aos meus alunos.
Um abraço
Marco Aurélio
continuo a pensar no Borges e na matemática (acho que vou comprar esse livro) e não poderia haver melhor escolha do que Álvaro de Campos para lhe suceder nos meus momentos de leitura
obrigada pelo aleph que nos enviaste, A.G.M.
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