O “novo” Público foi uma decepção total. O novo grafismo transformou um jornal que para mim era de referência, num jornal parecido às publicações publicitárias para centros comerciais ou de hiper-mercados.
Só a capa escapa, no seu interior a paginação afigura-se-me caótica, os cadernos tem excesso de cor e a referencia ao caderno tem um desenho exagerado.
Parte dos colunistas desapareceram das suas colunas habituais dos quais era um leitor assíduo.
Enfim são as novas tendências, hoje em dia procura-se preencher os jornais com grande profusão de desenhos e fotografias em vez de notícias que valham a pena ler.
Depois do desaparecimento da Grande Reportagem e agora com o suicídio do “Público” fico cada vez mais sem referências decentes de alguma qualidade jornalística.
Só a capa escapa, no seu interior a paginação afigura-se-me caótica, os cadernos tem excesso de cor e a referencia ao caderno tem um desenho exagerado.
Parte dos colunistas desapareceram das suas colunas habituais dos quais era um leitor assíduo.
Enfim são as novas tendências, hoje em dia procura-se preencher os jornais com grande profusão de desenhos e fotografias em vez de notícias que valham a pena ler.
Depois do desaparecimento da Grande Reportagem e agora com o suicídio do “Público” fico cada vez mais sem referências decentes de alguma qualidade jornalística.
Etiquetas: Jornais
5 Comments:
Devo considerar que não tem nenhum jornal de referência de "referência". A grande maioria dos jornais de referência do mundo ( Elpais , New Times, Le Monde, Guardian, Expresso, entre muito e muitos outros renovaram as suas edições com mais cor, grandes fotos (a fotografia também é um género josnalistico nobre). Pessoalmente considero que se o Público se mativesse como como estava seria esquecido pelos novos leitores. Quem lerá o Público daqui a 10, 20 anos? Serão jovens com internet à mochila, habituados a vivacidade, cor, imagem da multimédia. Tornal o Público mais visual sem perder a qualidade textual dos seus artigos não é correr risco mas sim, adaptar-se a um tempo e espaço onde ele poderá existir e ser uma referência. Perdeu a Grande Reportagem? compre a MAGAZINE Grande Informação que segue a mesma linha e e totalmente made in Portuguesa. Fica também a ganhar mais grande reportagem no novo Público.
É um pouco forçado (para não dizer outra coisa) comparar o "novo" Público ao ELPAIS ou ao Guardian (do qual gosto muito e é um jornal de referência para mim).
Quanto ao MAGAZINE não chega nem de perto à G.Reportagem.
Cada suporte (papel ou electrónico) tem o seu lugar próprio. Não acredito que os jornais em suporte de papel vão desaparecer. O mesmo se aplica ao livro.
Sou técnico de informática e por conseguinte também faço "sites" recorrendo ás últimas ferramentas disponíveis (Web.2)
São suportes distintos, cada um com a sua especificidade. Querer à força fundilos é uma utopia.
Acredito e sei que a Internet vai ter cada vez mais relevância na informação, mas tem o seu lugar próprio. È pela sua natureza um meio mais dinâmico, mas não vai ser mais credível que o papel, até porque vai sempre ser mais difícil ler artigos com alguma densidade no ecran do que no papel.
E continuo a dizer e até prova em contrário mantenho a opinião – muita cor e muito desenho não é informação jornalística, é facilitismo intelectual – é preguiça.
O Público é tão bom como O El Pais. Quanto à Grande Informação chega sim ao calcanhares da Grande Reportagem. É diferente da GR mas é uma boa magazine. Estão jornalistas galardoados a trabalhar nela.
Admito, tem cor e desenho! Mas afinal, está a dizer-me que o Público deixou de relatar, contar e explicar com exactidão, exaustão, qualidade e profundidade a actualidade do nosso mundo?
O Público renovou os jornalistas e pediu-lhes para escrever de forma leviana e colorida?
O renovado design vai colocar a qualidade do jornalismo em causa?
Será que a imagem, o desenho e a cor farão perder espaço ao texto?
Não! Mesmo que tal acontece-se, nas escolas de jornalismo seguimos uma regra: Diz TUDO da forma mais curta possível, sem perder a concisão e a clareza.
O Público agora está mais bonito, mais jovem, vibrante e eclético como o seu público. Penso que o jornal renovou-se sem perder a classe e o bom gosto estético.
Um bom jornal é aquele que conta com anos de experiência e suporta-se em alicerces novos, actuais, do seu tempo. O “Pê” parece querer nascer de novo e reunir a ansiedade destemida da edição número 1. O público já não é somente para elites, continua denso na informação e no pensamento.
O jornalismo é hoje a actividade pela qual se relata factos e ideias sob forma de texto, fotografia, som, imagem animada, cartoon, infografia, etc. O público simplesmente aplicou isso. Os estudantes e jornalistas no activo estão actualmente a estudar design (para uso jornalístico), os novos cursos de Bolonha leccionam ateliers de design e multimédia na vertente de jornalismo.
Os primeiros a mudar foram: o DN, o Expresso, agora o Público e os todos os outros vão seguir a mesma linha.
Eu tenho mais medo que o Público, ponha de parte uma boa fotografia, um bom texto, por um anúncio publicitário.
Quanto a substituição do jornal pela internet, isso é um facto. Todos os jornais em Portugal e na generalidade dos países europeus viram vendas reduzir. E os Jornais digitais com conteúdos pagos não pegam. A nova tendência dos jornais passa pelos gratuitos que não fininhos e metade é para Pub.
Há menos pessoas a ler jornais, os jovens não tem hábitos de leitura e quando lêem tem a tendência para usar a técnica do hipertexto no próprio papel. Os jornais tem de ser atraentes e com qualidade, para não terem o mesmo destino que A Capital, O Independente.
PS: Não sou jornalista do Público, sou estudioso de Jornalismo e dos media. Fico feliz por existir esta oportunidade para "discutir" .
Realmente sempre ouvi dizer que gostos não se discutem.
O que na realidade penso, é que os diversos meios de comunicação podem-se complementarizar, não tenho dúvida alguma sobre isso.
Mas de qualquer forma ainda não conheço uma fusão completa dos meios de informação (hoje a tendência é transformar um jornal num Blogue).
Não estou de maneira alguma contra a fotografia e o desenho nos jornais, o que não gosto é de ser agredido página sim página sim com tantas imagens e cores.
Você foca o caso do DN e Expresso e bem, de renovação gráfica dos mesmos.
Ora aqui tem dois exemplos que são de longe mais sóbrios do que a actual renovação do Público.
Quanto à comparação das publicações nacionais e estrangeiras, isso também depende do gosto e exigência de cada um…
Quando adquiro um jornal ou magazine, a primeira coisa que conta para mim é a sua funcionalidade na transmissão da informação que possa me transmitir.
Ou seja perder o menos tempo possível com subterfúgios de outra natureza, e também pela sua honestidade editorial obviamente.
Quando falo de facilitismo e preguiça (como no post anterior) também estava a referir-me a casos como este ( ver link abaixo), o que é sempre triste quando acontece como é o caso.
PS: Sendo você estudioso de Jornalismo e dos media, área de que sou totalmente dependente, admirador e consumidor venho agradecer-lhe pela sua boa vontade na nossa troca de opiniões de tão franca e cordial.
http://macroscopio.blogspot.com/2007/02/o-pblico-renovado-reconhecendo-presso.html#links
Em muitas páginas, 75% da área é ocupada pela foto do artigo. Só me ocorre pensar que quem tem pouco para escrever, .... escreve menos. No editorial do Público sobre o novo jornal é dito "A pressa da vida moderna nem sempre tolera espaço e tempo para o prazer de ler jornais." Com efeito, com as enormes fotografias e a cores, o jornal desfolha-se mais do que se lê, tornando-se compatível com essa pretensa vida moderna em que não há tempo para ler nem para pensar. Não considero que a nova cara traga mais valias.
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