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sábado, março 24, 2007
Ecos de África

África esse continente negro...
Zimbabwe é um estado falhado. Este país há 30 anos era um celeiro, hoje uma folha de papel higiénico é mais valioso do que qualquer nota em circulação. A inflação anual é 1600%, a economia racista de Mugabe criou o caos e o desespero ao seu povo.
Desespero do povo do Zimbabwe, bispo apela á resistência.
Arcebispo do Zimbabwe diz que está disposto a enfrentar as armas para derrubar Mugabe
• Pius Alick Ncube, arcebispo de Bulawayo, considerado uma das mais destacadas figuras da Igreja Católica local e um activista dos direitos humanos, pediu aos compatriotás que não sejam "cobardes" e que participem em grandes manifestações para derrubar o regime de Robert Mugabe.
"Estou pronto a enfrentar as armas fumegantes", declarou o prelado, que dirige uma coligação de diferentes correntes religiosas para melhorar as condições de vida dos zimbabweanos e que tem recebido muitas ameaças de morte. "Devemos deixar os nossos lugares confortáveis e sofrer com o povo, Temos de nos erguer contra esta opressão. Chegou o tempo do radicalismo. Se conseguirmos juntar 20 mil pessoas, o Governo não recorrerá às armas".
O arcebispo, de 60 anos, assume-se como um dos principais críticos da União Nacional Africana do Zimbabwe -(ZANU)-Frente Patriótica, partido no poder. Mugabe é Presidente desde 1987 depois de ter sido primeiro-ministro.
Ncube recordou que já duas pessoas foram mortas em actos de violência política desde que há 13 dias. o ditador de Harare decidiu impedir uma vigi1ia de oração organizada pela oposição na capital. Com o desmoronamento económico do país, Mugabe mata também muitos outros cidadãos, dos mais pobres, acrescentou o prelado.
A Comissão Africana de Direitos Humanos pediu ontem a Mugabe que "desista de prender e torturar jornalistas", depois de o Instituto dos Media da África Austral se ter queixado do espancamento de Tsvangirai Mukwazhi e de 'Iendai Musiyu, detidos durante a vigilia.
Enquanto isto, a África do Sul acusou a Grã-Bretanha de tentar usar o Conselho de Segurança das Nações Unidas para resolver as divergências políticas com o Zimbabwe. O secretariado da ONU esclareceu, por seu turno, que não está pronto a agendar o debate sobre a situação humanitária zimbabweana como Londres pediu.
Para o Presidente da Zâmbia, Levy Mwanawasa, o regime de Mugabe é como um "Titanic que está a naufragar" . Jorge Heitor
in Público 24-03-2007

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