Em tempos de crise volta a polémica do nuclear, qual vaca sagrada.
A cultura portuguesa sempre foi muito atávica em relação ao progresso e com uma visão muito pouco arrojada em termos de estratégica futurista. Seja em que assunto for.
Há uma explicação para isto? Há com certeza várias!
Mas historicamente:
Somos tecnologicamente atrasados e ignorantes, com uma cultura científica paupérrima.
È uma triste realidade que nos acompanha desde a Revolução Industrial europeia.
As novidades tecnológicas chegam sempre tarde e as más horas.
Temos quase sempre medo do “novo” e como não temos nenhuma cultura científica temos receio de tudo, do desconhecido… tudo o que é mais complicado mete medo!
Ou então pertence ao divino!
Não é por acaso que somos o país da Europa com mais milagres e santos por quilómetro quadrado.
Todo este caldo cultural torna-se mais visível na classe politica portuguesa que nos governa e cuja proveniência cultural advêm sobretudo dos mangas – de – alpaca burocratas e da praga de “juristas” que nascem como cogumelos neste pais.
Estes mandarins que sempre governaram o pais e que sempre o influenciaram tem todo o ónus da culpa na estupidificação e aculturação que campeia neste pais.
Sempre influenciaram (e estupidificaram), o «Povo» à sua vontade, ao seu belo prazer, como e quando mais lhes dava jeito na altura para servir os seus propósitos pessoais e políticos.
Era assim durante o Estado Novo como continuou a ser depois do 25 de Abril de 1974.
Este desabafo vem a propósito sobre a necessidade da produção de energia nuclear em Portugal.
Quem não se lembra das campanhas contra o nuclear promovidas pela esquerda, em 1976 ou 77, o espectáculo das velhinhas das aldeias a dar entrevistas na TV sobre os malefícios do nuclear...!
Quem não se lembra do “activismo” do Dr. Mário Soares ao lado da turba contra o nuclear, como se ele estivesse de facto a esclarecer alguém ou alguma coisa sobre o assunto.
Quem não se lembra do Prof. Delgado Domingos o rosto mais visível do não ao nuclear.
(As suas opções alternativas, além da calafetagem das janelas, não serviram para mais nada.)
Como estamos nós em termos energéticos ao fim destes trinta e tal anos?
Cada vez mais dependentes do exterior. Cada vez mais atrasados e condicionados no nosso desenvolvimento.
As energias alternativas como a energia eólica não passa de um paliativo homeopático.
Não vão resolver nada.
Para termos alguma competitividade temos que apostar na energia nuclear e atiramos borda fora os medos, e apostar realmente na formação da engenharia nuclear.
Mas já vamos com um atraso de mais de trinta anos.
A esperança é a ultima a morrer. Não é que já há gente de esquerda a pensar no assunto apesar do proverbial atraso?
Mas mais vale tarde do que nunca!
Etiquetas: Política nacional
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