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quinta-feira, fevereiro 10, 2011
Nasce um novo país - Sudão do Sul



Entre 9 de Janeiro a 15 de Janeiro de 2011, o povo do Sudão do Sul realizou um referendo para determinar se continuavam a fazer parte de um Sudão unido ou se queriam a separação, constituindo assim uma nova nação independente. Em 7 de Fevereiro, a Comissão do Referendo anunciou que cerca de 99 por cento dos sulistas votaram a favor da separação. Segundo a imprensa, o presidente sudanês, Omar al Bashir, afirmou o seu compromisso com os resultados e disse que vai aceitá-los. Se tudo correr conforme o planejado, o sul do Sudão vai ser a mais jovem nação do mundo em 9 de Julho de 2011.


Há grandes diferenças que dividem o Sudão, são visíveis até do espaço, como mostra essa imagem de satélite. Os Estados do Norte são uma área desértica, interrompida apenas pelo fértil vale do Nilo. O Sul do Sudão é coberto por vastas áreas verdes, pântanos e florestas tropicais.

Sudão e Sudão do Sul alguns dados:

 

SITUAÇÃO GEOGRÁFICA: O Sudão faz fronteira com o Egipto, no norte, com Líbia, Chade e a República Centro-Africana no oeste, com a República Democrática do Congo, Uganda e Quénia no sul e com Etiópia e Eritreia no leste. Possui mais de 800 km de costa ao longo do Mar Vermelho. 

SUPERFÍCIE: Com 2.505.813 km², é o maior país da África e o décimo maior do mundo. Deste total, 589.745 km² (24%) estão no Sudão do Sul. 

POPULAÇÃO: 42 milhões (estimativa de 2009), incluindo mais de 8,5 milhões de pessoas no Sudão do Sul, aproximadamente 20% do total de habitantes. 

CAPITAL: Cartum. No sul semi-autónomo, a capital é Juba. 

RELIGIÃO: Islão (70%) e cristianismo, que se concentra basicamente no sul.

LÍNGUA OFICIAL: Árabe e Inglês 

HISTÓRIA: O Egipto otomano de Mohamed Ali invade o Sudão em 1820. Os homens de Mohamed Ahmed, conhecido como "Mahdi", líder religioso e político sudanês, expulsam as tropas do general Gordon de Cartum em 1885. 

O mandato anglo-egípcio durará entre 1899 a 1956, quando o país se torna independente. Em 1955, começa uma guerra civil entre o norte e o sul, que só termina em 1972. O regime militar do general Gaafar al Nimeiri dura de 1969 a 1985, quando é deposto por uma revolta popular. 

Em 1986, o partido Umma de Sadek al Mahdi vence as eleições multipartidárias, mas é derrubado em 1989 pelo golpe de Estado militar de Omar al-Bashir.

De 1983 a 2005, o país afundasse em mais uma guerra civil norte-sul, um conflito que deixa dois milhões de mortos e quatro milhões de refugiados internos. 

Em 2003, tem início um novo conflito na região ocidental de Darfur.

Em Março de 2009, o Tribunal Penal Internacional (TPI) emite uma ordem de prisão contra o presidente Al-Bashir por crimes de guerra e contra a humanidade.

Em Julho de 2010, acrescenta uma segunda ordem de prisão, desta vez por genocídio.

INSTITUIÇÔES POLÍTICAS: Com o fim da última guerra civil, em 2005, o Partido do Congresso Nacional (NCP) do presidente AL-Bashir e os ex-rebeldes sulistas do Movimento Popular de Libertação do Sudão (SPLM) formaram um governo de união nacional.

Assembleia Nacional: 450 assentos (o NCP tem a maioria). 

ECONOMIA: O país vive uma expansão económica desde 2006, graças ao crescimento da produção de petróleo, que chega a 500.000 barris por dia; três quartos deste total são exportados, principalmente para a Ásia. A profunda desvalorização da libra sudanesa é a origem da inflação galopante que afecta o país. 

PIB: 54,68 biliões de dólares (2009, Banco Mundial), PIB per capitam: 1.220 dólares (2009, Banco Mundial) 

Principais produtos de exportação: Petróleo, algodão, goma-arábica.

Dívida externa: 36 biliões de dólares 

MOEDA: Libra sudanesa 

FORÇAS ARMADAS: O país possui dois exércitos, um no norte e um no sul. As Forças Armadas Sudanesas (SAF, Norte), que contam com 110.000 homens, segundo o Instituto Internacional de Estudos Estratégicos, e o Exército Popular de Libertação do Sudão (SPLA, Sul). 

A força conjunta ONU-União Africana (MINUAD) tem mais de 22.000 soldados e policiais mobilizados em Darfur.

As Missão das Nações Unidas no Sudão (UNMIS) contam com 10.000 soldados e policiais no Sudão do Sul e nas regiões limítrofes do norte.



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