A farsa
Por Luís Menezes Leitão
publicado em 20 Maio 2014 - 05:00
Margaret Thatcher dizia que Jacques Delors era apenas o chefe dos funcionários não eleitos da CEE. No entanto, tinha peso político na Europa. Já Durão Barroso nunca teve peso político nenhum, tendo--se limitado a acatar obedientemente os ditames de Berlim. Perante o apagamento a que conduziu o cargo de presidente da Comissão Europeia, ocorre agora uma farsa, pretendendo fingir que o seu sucessor será eleito nestas eleições europeias. A verdade, no entanto, é que as eleições são para o Parlamento Europeu e o presidente da Comissão é escolhido pelo Conselho, tendo o Parlamento apenas o poder de confirmar ou rejeitar essa escolha. Angela Merkel já avisou que não abdicará de exercer no Conselho essa competência. Os eleitores podem assim votar num presidente e ver escolhido outro qualquer, guardando para recordação as selfies que os candidatos tiraram em Portugal.
Tudo isto revela o profundo desprezo que os órgãos da União têm pelos eleitores. Há dias um obscuro funcionário da Comissão apareceu a dizer que com o fim do resgate o país recupera a sua soberania, mas que será apenas “a soberania suficiente para tomar as decisões certas”. Se tal não acontecer, “os mercados rapidamente tomarão a soberania de volta”, podendo ocorrer um segundo resgate. Portugal vive assim num regime de “soberania emprestada”. Comparar isto com 1640 é um insulto à Restauração, na sequência da abolição do feriado. Debaixo desta farsa, o que verdadeiramente existe é uma tragédia nacional.
Professor da Faculdade de Direito de Lisboa
Escreve à terça-feira
Fonte: Jornal i
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Merkel já decidiu a próxima Comissão Europeia, antes das eleições
Por Sérgio Soares
publicado em 21 Maio 2014 - 05:00
publicado em 21 Maio 2014 - 05:00
Eleições europeias parecem mero
pró-forma na estratégia da chanceler alemã para Bruxelas
A chanceler
alemã concedeu uma entrevista ao diário “Leipziger Volkszeitung” em que dá como
adquirido que a “grande coligação” de governo em Berlim apresentará uma
“proposta consensual” entre o seu partido e os sociais-democratas para a
formação da nova Comissão Europeia. Ou seja, o assunto será decidido pelos dois
partidos alemães.
A
afirmação da chanceler sobre a composição da próxima Comissão Europeia é
proclamada com plena convicção, mesmo antes de se conhecerem os resultados das
eleições europeias nos restantes 27 estados-membros da União.
“A
formação da grande coligação de governo alemã”, sublinha, “foi precedida de
amplas negociações que conduziram a um pacto de governo entre conservadores e
sociais-democratas... e “lograremos também pôr-nos de acordo sobre a composição
da nova Comissão Europeia”.
O
acordo, a que se espera chegar com relativa facilidade com os
sociais-democratas, afecta, segundo a própria, não apenas questões “pessoais”,
mas também as nomeações dos novos comissários e o conteúdo das principais
tarefas a assumir pela nova Comissão.
Esta
declaração causou a indignação entre os candidatos a substitutos de Durão
Barroso à testa da Comissão Europeia.
“Há
uma reunião de líderes europeus no dia 27 de Maio, mas a decisão não será
tomada na terça ou quarta-feira após as eleições”, avisou há duas semanas num
encontro com o presidente francês, François Hollande.
Merkel
tem agora mais poder na Alemanha e na Europa que qualquer chanceler antes
dela. Com o resto da Europa quase toda
mergulhada em crise, a Alemanha tornou-se definitivamente a potência
indiscutível do velho continente.
O seu
objectivo para a Europa é agora o controlo comum dos orçamentos nacionais, das
dívidas públicas nos 28 estados-membros e um plano único para acelerar reformas
sociais e de competitividade. Os seus planos visam alcançar a estabilidade do
euro a longo prazo e a partilha da mesma disciplina orçamental por toda a
União.
Fonte: Jornal i
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Lendo outros blogues:
festival da canseira
por Alexandre Borges, em 20.05.14
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Estimativas em (22-05-2014)
Sondagens da ronda final da campanha. A do CESOP
da Universidade Católica, para o Diário de Notícias, RTP, Jornal de Notícias e
Antena Um, apresenta os seguintes resultados:
PS — 34%.
AP [PSD+CDS] — 30%. CDU [PCP+PV] — 12%.
BE —
5%. MPT [Marinho Pinto] — 3%. LIVRE [Rui Tavares] — 2%.
Por seu turno, a sondagem da Pitagórica para o
jornal i apresenta os seguintes resultados:
PS — 36,6%. AP [PSD+CDS] — 29,1%. CDU [PCP+PV] — 9,4%. MPT [Marinho Pinto] —
5,6%. BE — 5,5%.
Para Seguro, não há dúvidas: "O Governo chegou ao fim"
Tó Zé, palpita-me que é ao contrário!
Tu é que deves estar perto do fim...
Por Henrique Monteiro
27-05-2014
Inseguro
Etiquetas: Eleições, Europa, União Europeia
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