A glória e a vergonha
por VASCO GRAÇA MOURA 07 Dezembro 2011
Passei o dia 1 de Dezembro a percorrer o monumental Dicionário de Luís de Camões, concebido, planificado e levado a bom termo por Vítor Aguiar e Silva, e acabado de publicar pela Caminho. Aconteceu. Não houve qualquer intuito de ordem simbólica na data em que peguei no livro, neste país que esqueceu a sua história e vem assassinando alegremente a sua língua, mas protesta por lhe quererem tirar alguns feriados.
Tive uma modestíssima colaboração nesta obra, o que não me impede de destacar a enorme importância da edição para uma espécie em vias de extinção a que soía chamar-se "cultura portuguesa".
Vítor Aguiar e Silva é, sem dúvida, o maior especialista vivo da obra de Camões, estatuto a que reúne um saber praticamente ilimitado nas áreas da teoria da literatura, da estética, da filosofia, da crítica, da história literária, da história das ideias e do pensamento humanista, bem como um conhecimento ímpar da bibliografia pertinente, impressa e manuscrita. A sua actividade de camonista inscreve-se numa tradição de rigor científico que vem de Carolina Michaëlis e de Costa Pimpão, e que ele soube modernizar com as posições epistemológicas e metodológicas inovadoras do seu magistério exemplar.
Obs: Leia com atenção este artigo de Vasco Graça Moura. Julgue por si, veja o que está em causa.
Com a devida vénia ao Diário de Noticias , leia o resto do artigo.
Etiquetas: Acordo Ortográfico, Diário de Noticias, Língua Portuguesa
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