FIDEL DIZ QUE MODELO ECONÓMICO DA ILHA JÁ NÃO SERVE
por LusaHoje
O ex-presidente cubano considera que o modelo económico de Cuba 'deixou de servir', como revela hoje o jornalista Jeffrey Goldberg, da revista norte-americana The Atlantic, no seu blogue.
O modelo cubano não serve nem para nós', afirma Castro, que fez 84 anos a 13 de agosto e reapareceu na vida pública da ilha no início de Julho, depois de quatro anos a convalescer de uma doença grave, que o obrigou a transmitir a presidência para o seu irmão, Raúl.
O modelo cubano não serve nem para nós', afirma Castro, que fez 84 anos a 13 de agosto e reapareceu na vida pública da ilha no início de Julho, depois de quatro anos a convalescer de uma doença grave, que o obrigou a transmitir a presidência para o seu irmão, Raúl.
Goldberg fez uma entrevista extensa a Fidel Castro, que está a revelar aos pedaços no blogue http://www.theatlantic.com/international/archive/2010/09/fidel-cuban-model-doesnt-even-work-for-us-anymore/62602/
Ao ouvir agora aquela afirmação, Goldberg teve dúvidas sobre o que tinha escutado, pelo que consultou Julia Sweig, uma analista do Conselho de Relações Externas (um centro de reflexão norte-americano, que publica a revista Foreign Affairs), que o acompanhou na conversa com o ex-dirigente cubano.
Segundo Goldberg, Sweig matizou as declarações de Castro, dizendo que este 'não estava a recusar as ideias da revolução', mas a reconhecer 'que o Estado, sob 'o modelo cubano', tem um papel excessivo na vida económica do país'.
O jornalista entende que um efeito possível desta leitura de Castro seria a criação de condições para o actual presidente e seu irmão, Raúl Castro, porem em marcha 'as reformas necessárias face à resistência, que será certa, dos comunistas ortodoxos dentro do partido comunista e dos burocratas'.
A 01 de Agosto, Raúl Castro anunciou o alargamento do trabalho por conta própria e a redução progressiva das fábricas estatais, o que qualificou como sendo medidas de 'mudança estrutural e de conceito'.
Por outro lado, Fidel Castro pediu ao presidente iraniano, Mahmud Ahmadinejad, que 'pare de difamar os judeus', na primeira parte da entrevista já divulgada.
Castro disse que o governo iraniano deve entender as consequências da teologia antissemita, 'que começou há dois mil anos'.
'Não creio que haja alguém mais injuriado do que os judeus. Diria que [o foram] muito mais do que os muçulmanos', acrescentou.
Por outro lado, Goldberg explicou hoje que, no princípio, o seu interesse principal era ver Fidel Castro a alimentar-se. Constatou que este 'ingeriu pequenas quantidades de peixe e salada, muito pão molhado em azeite, bem como um copo de vinho tinto'.
in DN
Etiquetas: Cuba, Democracia, Direitos Humanos
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