Top O Lisboeta Observador: A Formação da Literatura Angolana 1851 – 1950
domingo, maio 10, 2009
A Formação da Literatura Angolana 1851 – 1950


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Autor: Mário António Fernandes de Oliveira
Editora: Imprensa Nacional – Casa da Moeda
Ano do Livro: 1997
Nº Páginas: 405
Encadernação: Brochado

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Apesar da obra não ser uma novidade editorial (edição de 1997), é uma boa referência para quem está interessado em conhecer os primórdios da literatura Angolana.
A obra acima referida é uma fonte de informações bastante fecunda sobre a génese da literatura angolana.
Cada página é uma revelação!
A 13 de Setembro de 1845, data que é considerada a da fundação da imprensa em Angola – o Boletim do Governo-Geral da Província de Angola.
Tinha um carácter multifacetado, que incluía uma parte não oficial, onde se publicaria o primeiro livro de intenção literária, Espontaneidades da Minha Alma – Às Senhoras Africanas, de José da Silva Maia Ferreira, o primeiro livro de poemas publicado na África Portuguesa.

Outro exemplo: havia periódicos alguns já republicanos assumidos como o Farol do Povo – 1883, de Arantes Braga, em cuja lista de correspondentes e assinantes, espalhados pelas principais cidades da província se pode verificar a existência de uma maioria crioula activa, que integraram a sociedade Angolana até meados do século XX, isto muito antes de existir em circulação em Portugal um jornal republicano.

Havia jornais em quimbundo, uma das principais línguas nativas, geridos por crioulos, e até jornais que defendiam em oitocentos a independência de Angola em relação à metrópole. Todo este material circulava livremente em Luanda.
Também não posso deixar de referir a influência maçónica e o aparecimento das respectivas lojas maçónicas nas mais diversas cidades de Angola e a sua relação com a imprensa.

Esta obra é realmente uma fonte cheia de interesse tanto para angolanos como para luso-angolanos.

Não cabe aqui neste simples “post” uma explanação mais alargada sobre a obra, além de impossível seria muito fastidioso.
Tem somente o intuito de alertar para uma obra que nos faz mergulhar nos primórdios das letras de Angola, e por conseguinte na sua História mais profunda.

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