O Lisboeta Observador
Um olhar sobre a cidade de Lisboa e o mundo...
Veja ‘The Fantastic Flying Books of Mr. Morris Lessmore’, que venceu o Óscar de Melhor Curta-Metragem de Animação
Na 84ª cerimónia dos Óscares, que teve lugar na madrugada de Segunda-feira, a curta-metragem de animação ‘The Fantastic Flying Books of Mr. Morris Lessmore’ venceu o Óscar desta categoria.
A realização foi de William Joyce e Brandon Oldenburg.
A invenção de Hugo Cabret. (The Invention of Hugo Cabret)
Um filme de Scorsese. Com magia e uma homenagem aos fundadores do cinema.
Comovente, educativo, divertido e intensamente belo.
Hugo Cabret é um órfão de 12 anos que vive escondido na central de comboios de Paris nos anos de 1930. Esgueirando-se por passagens secretas, Hugo cuida dos gigantes relógios da estação: escuta seus compassos, observa os enormes ponteiros e responsabiliza-se pelo funcionamento das máquinas. A sobrevivência de Hugo depende do anonimato: ele tenta se manter invisível porque guarda um incrível segredo, que é posto em risco quando o severo dono da loja de brinquedos da estação e sua afilhada Isabelle, cruzam o caminho do garoto. Um desenho enigmático, um caderno valioso, uma chave roubada e um homem mecânico estão no centro desta intrincada e imprevisível História. A história inspirou um filme: a história de Hugo Cabret que foi lançado em 2012.
Paulo Franchetti: o Brasil, Portugal e o Acordo Ortográfico
Posted by Tantas Páginas — 22/02/2012
Paulo Franchetti deu-nos há dias uma longa entrevista, na sua condição de director da Editora da Unicamp, na qual se pronunciava, entre muitas outras coisas, sobre o acordo ortográfico. As suas palavras tiveram grande eco nas duas margens do Atlântico. Franchetti acaba de prestar um depoimento a uma página contra o acordo ortográfico no Facebook. O depoimento clarifica a sua posição nalguns pontos, razão pela qual o reproduzimos aqui, a título de Post Scriptum à entrevista de há dias.
Etiquetas: Acordo Ortográfico, Portugal
A abundância de gás de xisto e outras formas de gás não convencional descoberto e extraído nos Estados Unidos provocou um boom na exploração do gás de xisto americano e uma corrida global. Ele também causou uma queda dramática nos preços do gás. Poderia acontecer o mesmo na Europa?
Numa reunião sobre energia da União Europeia nos primeiros dias de Fevereiro, e sem outro item na agenda o impacto da exploração de xisto foi bastante controverso.
Apesar dos protestos do lobby verde, os ministros de energia da UE concordaram que as regras do jogo podem mudar e que o assunto seria cuidadosamente examinado nos próximos meses.
Gás não convencional é incorporado em formações rochosas de xisto a grande profundidade da superfície da Terra. Esses estratos geológicos têm vastos depósitos de gás de xisto. Para explorar esses recursos, as empresas de energia têm que perfurar vários quilómetros de profundidade na rocha e, em seguida, horizontalmente em várias direcções. De acordo com estimativas da Agência Internacional de Energia, o fornecimento de gás não convencional poderia fornecer a humanidade com energia barata e relativamente limpa para mais de 250 anos.
Obs:
Claro Portugal sempre á espera de milagres, alguma imprensa já embandeira em arco com títulos esfuziantes como:
Shale gás: Portugal tem reservas da energia que faz tremer o uso do petróleo (Clique para ler) Etiquetas: Energia, Meio Ambiente, Portugal, Sociedade
TP. O que acha do acordo ortográfico? Acha mesmo que, como dizem os editores portugueses (e muitos intelectuais), o acordo foi uma gigantesca maquinação brasileira para permitir que os livros brasileiros entrem livremente no mercado português e no africano, acabando com a indústria portuguesa do livro?
PF. O acordo ortográfico é um aleijão. Linguisticamente malfeito, politicamente mal pensado, socialmente mal justificado e finalmente mal implementado. Foi conduzido, aqui no Brasil, de modo palaciano: a universidade não foi consultada, nem teve participação nos debates (se é que houve debates além dos que talvez ocorram durante o chá da tarde na Academia Brasileira de Letras), e o governo apressadamente o impôs como lei, fazendo com que um acordo para unificar a ortografia vigorasse apenas aqui, antes de vigorar em Portugal. O resultado foi uma norma cheia de buracos e defeitos, de eficácia duvidosa. Não sei a quem o acordo interessa de fato. A ortografia brasileira não será igual à portuguesa. Nem mesmo, agora, a ortografia em cada um dos países será unificada, pois a possibilidade de grafias duplas permite inclusive a construção de híbridos. E se os livros brasileiros não entram em Portugal (e vice-versa) não é por conta da ortografia, mas de barreiras burocráticas e problemas de câmbio que tornam os livros ainda mais caros do que já são no país de origem. E duvido que a ortografia seja uma barreira comercial maior do que a sintaxe e o ai-meu-deus da colocação pronominal. Mas o acordo interessa, é claro, a gente poderosa. Ou não teria sido implementado contra tudo e todos. No Brasil, creio que sobretudo interessa às grandes editoras que publicam dicionários e livros de referência, bem como didáticos. Se cada casa brasileira que tem um exemplar do Houaiss, por exemplo, adquirir um novo, dada a obsolescência do que possui, não há dúvida que haverá benefícios comerciais para a editora e para a Fundação Houaiss – Antonio Houaiss, como se sabe, foi um dos idealizadores e o maior negociador do acordo. O mesmo vale para os autores de gramáticas e livros didáticos – entre os quais se encontram também outros entusiastas da nova ortografia. E não é de espantar que tenham sido justamente esses – e não os linguistas e filólogos vinculados à universidade – os que elaboraram o texto e os termos do acordo. Nem vale a pena referir mais uma vez o custo social de tal negócio: treinamento de docentes, obsolescência súbita de material didático adquirido pelas famílias, adequação de programas de computador, cursos necessários para aprender as abstrusas regras do hífen e outras miuçalhas. De meu ponto de vista, o acordo só interessa a uns poucos e nada à nação brasileira, como um todo. Já Portugal deu uma prova inequívoca de fraqueza ao se submeter ao interesse localista brasileiro, apesar da oposição muito forte de notáveis intelectuais, que, muito mais do que aqui, argumentaram com brilho contra o texto e os objetivos (ou falta de objetivos legítimos) do acordo.
oooOooo
Editorial
08 de Fevereiro, 2012
Os ministros da CPLP estiveram reunidos em Lisboa, na nova sede da organização, e em cima da mesa esteve de novo a questão do Acordo Ortográfico que Angola e Moçambique ainda não ratificaram. Peritos dos Estados membros vão continuar a discussão do tema na próxima reunião de Luanda. A Língua Portuguesa é património de todos os povos que a falam e neste ponto estamos todos de acordo. É pertença de angolanos, portugueses, macaenses, goeses ou brasileiros. E nenhum país tem mais direitos ou prerrogativas só porque possui mais falantes ou uma indústria editorial mais pujante.
Uma velha tipografia manual em Goa pode ser tão preciosa para a Língua Portuguesa como a mais importante empresa editorial do Brasil, de Portugal ou de Angola. O importante é que todos respeitem as diferenças e que ninguém ouse impor regras só porque o difícil comércio das palavras assim o exige. Há coisas na vida que não podem ser submetidas aos negócios, por mais respeitáveis que sejam, ou às “leis do mercado”. Os afectos não são transaccionáveis. E a língua que veicula esses afectos, muito menos. Provavelmente foi por ter esta consciência que Fernando Pessoa confessou que a sua pátria era a Língua Portuguesa.
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Os falantes da Língua Portuguesa que sabem menos, têm de ser ajudados a saber mais. E quando souberem o suficiente vão escrever correctamente em português. Falar é outra coisa. O português falado em Angola tem características específicas e varia de província para província. Tem uma beleza única e uma riqueza inestimável para os angolanos mas também para todos os falantes. Tal como o português que é falado no Alentejo, em Salvador da Baía ou em Inhambane tem características únicas. Todos devemos preservar essas diferenças e dá-las a conhecer no espaço da CPLP. A escrita é “contaminada” pela linguagem coloquial, mas as regras gramaticais, não. Se o étimo latino impõe uma grafia, não é aceitável que através de um qualquer acordo ela seja simplesmente ignorada. Nada o justifica. Se queremos que o português seja uma língua de trabalho na ONU, devemos, antes do mais, respeitar a sua matriz e não pô-la a reboque do difícil comércio das palavras.
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Obs:
Os sublinhados são meus
A ortografia dos textos acima transcritos são originais.
Para uma leitura total é favor de clicar nos títulos dos artigos.
Etiquetas: Acordo Ortográfico, Angola, Brasil, Portugal
Belos livros de sempre, marcaram gerações sucessivas, livros que vale a pena reler.
A BNP celebra o bicentenário do nascimento de «Charles Dickens em Portugal», com uma exposição biblio-iconográfica promovida em parceria com o Centro de Estudos Anglísticos da Universidade de Lisboa. De 1 de Fevereiro a 10 de Março.(CEAUL)
Etiquetas: Charles Dickens, Homenagem, Literatura
Sempre houve Al Gore´s de serviço e outros tantos pantomineiros.
Etiquetas: Aquecimento Global, Meio Ambiente
Vasco Graça Moura avisou Viegas de que não cumpre Acordo Ortográfico
O presidente do conselho de administração do Centro Cultural de Belém (CCB), Vasco Graça Moura, disse esta sexta-feira ao CM que informou antecipadamente o secretário de Estado da Cultura, Francisco José Viegas, de que não iria aplicar o Acordo Ortográfico na entidade para a qual foi nomeado em Janeiro.
Etiquetas: Acordo Ortográfico, Língua Portuguesa
Cerca de 50 personalidades ligadas à energia vão hoje alertar para a necessidade de uma mudança radical das políticas do sector, sensibilizando o Governo para começar a "cortar no monstro eléctrico" com "gravíssimos custos".
Etiquetas: Energia, Renováveis