O Lisboeta Observador
Um olhar sobre a cidade de Lisboa e o mundo...
Etiquetas: Alice Vieira, Literatura, Poesia
Se eu pudesse, se eu tivesse poderes para tal, tirava esta data do calendário.
Não, não sou prepotente, nem tenho “tiques” ditatoriais ou megalómanos.
Tenho sim é vergonha como Homem, como Luso – Angolano desta data.
Ela representa a ignominia, o lado mais obscuro e irracional do ser humano.
Amo Angola sem reservas. Já perdoei, mas jamais esquecerei!
Para que nunca mais se repita!
Etiquetas: 27 Maio, Angola, Democracia, Direitos Humanos, História
Etiquetas: África, Miriam Makeba, Música, Paul Simon
O Tempo Passa? Não Passa
O tempo passa? Não passa
no abismo do coração.
Lá dentro, perdura a graça
do amor, florindo em canção.
O tempo nos aproxima
cada vez mais, nos reduz
a um só verso e uma rima
de mãos e olhos, na luz.
Não há tempo consumido
nem tempo a economizar.
O tempo é todo vestido
de amor e tempo de amar.
O meu tempo e o teu, amada,
transcendem qualquer medida.
Além do amor, não há nada,
amar é o sumo da vida.
São mitos de calendário
tanto o ontem como o agora,
e o teu aniversário
é um nascer toda a hora.
E nosso amor, que brotou
do tempo, não tem idade,
pois só quem ama
escutou o apelo da eternidade.
Carlos Drummond de Andrade,
in 'Amar se Aprende Amando'
Etiquetas: Carlos Drummond de Andrade, Poesia
Etiquetas: África, Angola, Arquitectura
This guy is from Oahu , but he is gaining International fame.
He's a surfer himself and often gets wiped out just getting the shot.
And you can see why!
These incredible images of waves were taken by the
number one photographer of surf: Clark Little.
He has dedicated his life to photographing the waves
and has published a selection of the the best images of his career.
He captures magical moments inside the "tube", as surfers say
Etiquetas: Fotografia, Surf
Morrer de amor
Morrer de amor
Desfalecer
Sufocar
Trocar tudo por ti
Etiquetas: Maria Teresa Horta, Poesia
A Feira do Livro serve para isto mesmo. Colectar livros que nos escapam durante o ano.
Aqui está mais um. Ainda não tive tempo de o ler na íntegra, mas deixo aqui um “post” sobre a obra do blogue “Recordações da Casa Amarela”, para vos deixar com mais uma sugestão de leitura!
Eu não existo sem você
Eu sei e você sabe, já que a vida quis assim
Que nada nesse mundo levará você de mim
Eu sei e você sabe que a distância não existe
Que todo grande amor
Só é bem grande se for triste
Por isso, meu amor
Não tenha medo de sofrer
Que todos os caminhos
Me encaminham pra você
Assim como o oceano
Só é belo com luar
Assim como a canção
Só tem razão se se cantar
Assim como uma nuvem
Só acontece se chover
Assim como o poeta
Só é grande se sofrer
Assim como viver
Sem ter amor não é viver
Não há você sem mim
Eu não existo sem você
Vinicius de Moraes
Etiquetas: Poesia, Vinícius de Moraes
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Autor: Mário António Fernandes de Oliveira
Editora: Imprensa Nacional – Casa da Moeda
Ano do Livro: 1997
Nº Páginas: 405
Encadernação: Brochado
Apesar da obra não ser uma novidade editorial (edição de 1997), é uma boa referência para quem está interessado em conhecer os primórdios da literatura Angolana.
A obra acima referida é uma fonte de informações bastante fecunda sobre a génese da literatura angolana.
Cada página é uma revelação!
A 13 de Setembro de 1845, data que é considerada a da fundação da imprensa em Angola – o Boletim do Governo-Geral da Província de Angola.
Tinha um carácter multifacetado, que incluía uma parte não oficial, onde se publicaria o primeiro livro de intenção literária, Espontaneidades da Minha Alma – Às Senhoras Africanas, de José da Silva Maia Ferreira, o primeiro livro de poemas publicado na África Portuguesa.
Outro exemplo: havia periódicos alguns já republicanos assumidos como o Farol do Povo – 1883, de Arantes Braga, em cuja lista de correspondentes e assinantes, espalhados pelas principais cidades da província se pode verificar a existência de uma maioria crioula activa, que integraram a sociedade Angolana até meados do século XX, isto muito antes de existir em circulação em Portugal um jornal republicano.
Havia jornais em quimbundo, uma das principais línguas nativas, geridos por crioulos, e até jornais que defendiam em oitocentos a independência de Angola em relação à metrópole. Todo este material circulava livremente em Luanda.
Também não posso deixar de referir a influência maçónica e o aparecimento das respectivas lojas maçónicas nas mais diversas cidades de Angola e a sua relação com a imprensa.
Esta obra é realmente uma fonte cheia de interesse tanto para angolanos como para luso-angolanos.
Não cabe aqui neste simples “post” uma explanação mais alargada sobre a obra, além de impossível seria muito fastidioso.
Tem somente o intuito de alertar para uma obra que nos faz mergulhar nos primórdios das letras de Angola, e por conseguinte na sua História mais profunda.
Etiquetas: Angola, Literatura, Livros, Lusofonia
Depois das glamorosas Nicole Kidman e Catherine Deneuve, a actriz francesa Audrey Tatou é o novo rosto do perfume Chanel No 5. Tudo isto embalado com a canção de Billie Holiday - I'm a Want You a Fool.
Achei realmente belo este clip.
Etiquetas: Clip, Comerciais
Soneto do amor total
Amo-te tanto meu amor... não cante
O humano coração com mais verdade...
Amo-te como amigo e como amante
Numa sempre diversa realidade.
Amo-te enfim, de um calmo amor prestante
E te amo além, presente na saudade.
Amo-te, enfim, com grande liberdade
Dentro da eternidade e a cada instante.
Amo-te como um bicho, simplesmente
De um amor sem mistério e sem virtude
Com um desejo maciço e permanente.
E de te amar assim, muito e amiúde
É que um dia em teu corpo de repente
Hei de morrer de amar mais do que pude.
Vinícius de Moraes
Etiquetas: Poesia, Vinícius de Moraes
A descoberta em Madagáscar duplica o número de anfíbios conhecidos na ilha, cuja Biodiversidade está ameaçada pela crise política.
[…]
Cerca de 5% das espécies animais e vegetais da Terra encontram-se na ilha e mais de 80% dos mamíferos e 217 espécies de anfíbios de Madagáscar são únicos no Mundo, o que leva mesmo alguns ecologistas a chamar-lhe "o oitavo continente". Miguel Vences, um dos membros da equipa de biólogos espanhola, afirma mesmo que "a maioria das formas de vida na Terra ainda está à espera do reconhecimento científico".
Leia a noticia no Expresso Online.
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Etiquetas: Biodiversidade, Ciência, Madagáscar
O Amor Antigo
O amor antigo vive de si mesmo,
não de cultivo alheio ou de presença.
Nada exige nem pede. Nada espera,
mas do destino vão nega a sentença.
O amor antigo tem raízes fundas,
feitas de sofrimento e de beleza.
Por aquelas mergulha no infinito,
e por estas suplanta a natureza.
Se em toda a parte o tempo desmorona
aquilo que foi grande e deslumbrante,
o antigo amor, porém, nunca fenece
e a cada dia surge mais amante.
Mais ardente, mas pobre de esperança.
Mais triste? Não. Ele venceu a dor,
e resplandece no seu canto obscuro,
tanto mais velho quanto mais amor.
Carlos Drummond de Andrade,
in 'Amar se Aprende Amando'
Etiquetas: Carlos Drummond de Andrade, Poesia
in Público 3 de Maio 2009
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Parece que a censura prévia está de volta. Desta vez pela mão de grupos económicos como o Grupo Auchan (Jumbo), que decidiu proibir a venda do romance A Casa dos Budas Ditosos, de João Ubaldo, nas suas superfícies.
Uma segunda obra do escritor Viva o Povo Brasileiro, está também para apreciação!
Vejam só, agora tempos uns tecnocratas especialistas na venda de electrodomésticos e massas alimentícias a decidirem o que é decente ou não para o povinho ler.
A ignorância e estupidez destes “gestores” não tem limites, além de ridículos, demonstram, não terem qualquer hábito de leitura e ainda, arvoram-se em críticos literários e moralistas de meia-tigela.
Haja paciência!
José Bandeira
Etiquetas: Liberdade de opinião, Livros
Etiquetas: Maria Bethania, Música
Etiquetas: Homenagem
Mãe:
Que desgraça na vida aconteceu,
Que ficaste insensível e gelada?
Que todo o teu perfil se endureceu
Numa linha severa e desenhada?
Como as estátuas, que são gente nossa
Cansada de palavras e ternura,
Assim tu me pareces no teu leito.
Presença cinzelada em pedra dura,
Que não tem coração dentro do peito.
Chamo aos gritos por ti - não me respondes
Beijo-te as mãos e o rosto - sinto frio.
Ou és outra, ou me enganas, ou te escondes
Por detrás do terror deste vazio.
Mãe:
Abre os olhos ao menos, diz que sim!
Diz que me vês ainda, que me queres.
Que és a eterna mulher entre as mulheres.
Que nem a morte te afastou de mim!
Miguel Torga
Etiquetas: Miguel Torga, Poesia